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22015 Eventos
1 Akshara Mana Malai – 100 anos
22014 Eventos
1 Pongal
2 Mattu Pongal
3 Ondas de Bem-Aventurança de Shiva
4 Maha Shivaratri
5 A Face Devocional do Jnana
6 Artigo de Sri Vidya Havan
7 Galeria de fotos do 64o Adradhana
22013 Eventos
1 Celebração do Deepavali
2 Carruagem de Vivekananda

Akshara Mana Malai – 100 anos

Om Namo Bhagavate Sri Ramanaya
Akshara Mana Malai – 100 anos

Sri Ramana Maharshi ensina em sua obra fundamental – Who am I? – que “a ausência de desejos é sabedoria”. Os seguidores de Ramana Maharshi se esforçam para alcançar a ausência de desejos como um objetivo espiritual.

Até mesmo os aspirantes espirituais comprometidos com a “ausência de desejos” precisam realizar ações para a manutenção da vida, como encontrar alimentos e água. Os renunciantes do hinduísmo podem viver de esmolas como uma maneira de cultivar a ausência de desejos e a humildade.

Alguns renunciantes que se associaram a Ramana Maharshi viviam de esmolas. Eles iam até a cidade em grupo e cantavam em louvor ao Senhor.

Antes de descerem a Montanha para pedir esmolas, os sadhus sopravam uma concha, dando um aviso inicial aos residentes piedosos da cidade que lhes davam comida. Quando chegavam no sopé da Montanha, eles sopravam a concha novamente, anunciando a chegada deles na cidade para receber esmolas. Graciosamente, os habitantes da cidade lhes davam bastante comida devido a associação deles a Ramana Maharshi, que vivia na Montanha.

Isso funcionou bem até que homens que não eram seguidores de Ramana Maharshi descobriram a generosidade especial dos habitantes em relação aos devotos de Maharshi. Eles também formaram um grupo e passaram a soprar uma concha e caminhar pelas ruas cantando músicas tradicionais em louvor ao Senhor. Propositadamente, eles começaram a percorrer a cidade para receber comida um pouco mais cedo do que os devotos de Maharshi. Os habitantes generosos não conseguiam distinguir os verdadeiros devotos de Bhagavan dos impostores, que vestiam roupas parecidas e cantavam músicas semelhantes em louvor ao Senhor. Os devotos de Maharshi precisavam voltar com poucos alimentos e aceitar a fome.

Os devotos, vitimados pelo roubo de identidade, buscaram seu Salvador, Ramana Maharshi, que era a personificação da compaixão infinita de Arunachala, com um poder incomparável de transformar o infortúnio em boa sorte. Perumal Swamy, discípulo de Maharshi, pediu que Ele compusesse uma prece exclusiva que garantisse para eles a Presença de Ramana Maharshi e revelasse ao mundo o verdadeiro status de Seus seguidores genuínos.

Geralmente, aqueles que saíam para pedir comida cantavam uma música com o refrão “Samba SadaSiva, Samba SadaSiva, Samba SadaSiva, Hara Hara”. De início, Maharshi compôs alguns versos similares com o refrão “Arunachala” e parou. Perumal estava aguardando os próximos versos e ficou decepcionado. Um dia, Maharshi fez o giri pradakshina (circumambulação da Montanha) sozinho. Naquele dia, os cento e oito versos que invocam a Graça do Senhor Arunachala jorraram dele como uma fonte perene, vindo das profundezas do Coração de Maharshi.

O próprio nome da música revela seu conteúdo (bhava); a noiva era o jiva (o próprio Maharshi), o noivo era o Senhor Arunachala. Maharshi criou situações em que a noiva ansiava pelo noivo, e assim compôs a música.

Normalmente, uma amante ansiosa inspiraria pena, mas quando a situação é acompanhada pela devoção, o resultado é perfeito. A noiva demonstra vários sentimentos como autocomiseração, timidez, maturidade e mágoa por ter sido rejeitada; tudo isso torna o poema esplêndido, com uma mistura magnífica de bhakti (devoção) e sringara (amor romântico). Assim como o açúcar no leite, a sabedoria do upadesa (instrução espiritual) também é abundante no poema. No original em tâmil, as palavras usadas têm mais de um significado, assim é impossível traduzi-lo perfeitamente. Aqueles que cantam e escutam a música no Ashram são tomados pela alegria. Quando a bhava (atitude) é doce e as palavras são equilibradas com delicadeza, isso é de se esperar. A música tem um efeito tranquilizador nos corações dos devotos.

O primeiro efeito da música sagrada foi solucionar o problema da falta de comida. Em Dia a Dia com Bhagavan, menciona-se que Bhagavan diz que o Akshara Mana Malai alimentou os devotos por muitos anos. O poder da música é muito maior do que uma mera garantia do alimento diário pela Graça de Arunachala. Ela nos assegura de que Arunachala e Sri Ramana estão presentes, onde quer que nós estivermos.

Sri Ramana Maharshi abriu Seu coração e transmitiu seu poder espiritual para o Akshara Mana Malai como um presente para Seus devotos, para que eles pudessem invocar facilmente Sua presença graciosa onde quer que quisessem. O poema sagrado, se cantado regularmente, confere a proteção de Arunachala (Maha Guru Sri Ramana Maharshi). Ele tem o poder de remover os obstáculos que o devoto enfrenta e de guiá-lo no dia a dia.

Cem anos se passaram desde que o Akshara Mana Malai foi criado. O evento do centenário terá cantos diários do Akshara Mana Malai no Ashram e em todos os Centros dedicados a Ramana Maharshi. Que todos os devotos aprendam e cantem o Akshara Mana Malai com fervor! Que todos eles sejam vitoriosos em seu empenho de adquirir o Autoconhecimento, do qual Arunachala e Ramana Maharshi são símbolos supremos! Que todos se beneficiem do poder da presença de Ramana Maharshi, revelado pela sua composição imortal “Akshara Mana Malai”.

Clique aqui – Aprenda a Cantar o Aksharamanamalai (the link is broken)

Pongal
Pongal

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Mattu Pongal

Om Namo Bhagavate Sri Ramanaya
Mattu Pongal

Em Tamil Nadu, o Mattu Pongal é comemorado no dia após o Pongal. No dia do Mattu Pongal, o louvor reverencial é oferecido ao animal de carga, respeitando o ensinamento dos textos sagrados hindus de que o Ser Supremo vive nos Corações de todos os seres vivos.

O homem moderno pode questionar a verdade de tais ensinamentos, como fez Hiryankashipu na antiguidade, mas na presença enaltecedora de Sri Ramana Maharshi, até as criaturas inferiores sentiam seu valor próprio e erguiam a cabeça por ser um representante do Ser Supremo, abençoada com aquele nome e forma. Um exemplo é a vaca Lakshmi, que tinha uma grandiosidade e uma sagacidade que envergonhavam seres humanos ignorantes.

O seguinte trecho é do livro The Cow, Lakshmi, de Sri Devaraja Mudaliar:

“Em 17 de junho de 1948, Lakshmi adoeceu, e na manhã do dia 18 parecia que seu fim estava próximo. Às 10 horas da manhã, Sri Bhagavan foi até ela. Ele a acariciou e disse, ‘Amma, quer que eu fique do seu lado agora?’ Ele a olhou nos olhos e colocou a mão em sua cabeça, como se estivesse dando diksha (iniciação). Encostando a bochecha no rosto dela, Ele colocou a mão em seu coração e fez carinho. Quando ele se convenceu de que o Coração dela estava puro, livre de todos os vasanas (tendências da mente) que provocam o renascimento e focado apenas n’Ele (Bhagavan), Ele a deixou e voltou para o salão.”

Os discípulos mais próximos de Sri Bhagavan não têm qualquer dúvida de que ele deu Moksha, Libertação, para o animal, assim como tinha feito com sua própria mãe.

Galeria de Fotos do Mattu Pongal (the link is broken)
Vídeo do Mattu Pongal (the link is broken)

Sivanandalahari

Om Namo Bhagavate Sri Ramanaya
Ondas de Bem-Aventurança de Shiva
Sivanandalahari

Sri Ramana Maharshi selecionou dez versos do Sivanandalahari – a famosa composição de Adi Sankaracharya em sânscrito, contendo cem versos em louvor ao Senhor Shiva – e os organizou em uma ordem específica.

Esses versos são muito poderosos para invocar a Graça do Senhor Shiva. Eles também contêm ideias espirituais reveladoras, inspiradoras e perspicazes. Um dos versos questiona “Kim Durlabham?”, ou seja, o que é impossível para aquele que louva ao Senhor Shiva? Os versos também alertam os leitores a respeito da adoração inútil a deuses superficiais.

Como está chegando o auspicioso Maha Shivaratri, apresentamos abaixo cada verso selecionado por Sri Ramana Maharshi, seu significado conciso (retirado de Conversas com Sri Ramana Maharshi), o verso original em sânscrito, a transliteração para o inglês e o significado completo dos versos. Clique aqui para ler.

Maha Shivaratri

Om Namo Bhagavate Sri Ramanaya
27 de fevereiro de 2014 – Maha Shivaratri

O Ashram planeja recitar Sri Arunachala Aksharamanamalai, com refrão, durante a noite de Maha Shivaratri em 27 de fevereiro de 2014. Se sua presença física não for possível, incentivamos todos a recitar o poema durante o Maha Shivaratri, e assim se sintonizar com a presença iluminadora de Sri Ramana Maharshi, que concede a Graça com mais generosidade até mesmo do que o Senhor Kubera (Senhor dos tesouros e riquezas de todo o universo). Abaixo, apresentamos evidências dos textos sagrados e testemunhos de Sri Ramana Maharshi que mostram que cantar o Aksharamanamalai com refrão uma vez é equivalente a cantar o mantra Panchakshari trinta bilhões de vezes!

O Maha Shivaratri é o dia mais santo consagrado ao Senhor Shiva. Os devotos fazem jejum durante o dia inteiro e continuam a adorá-Lo durante toda a noite. Realiza-se um puja cerimonial a Shiva Lingam (o símbolo do Senhor Shiva) nos templos e nos lares.

A atmosfera vibrante da noite demonstra a extraordinária importância dessa ocasião, descrita da seguinte maneira pelo próprio Senhor Shiva: “Ao fazer adoração a Mim (Senhor Shiva) nesse dia sagrado, a pessoa obtém o resultado da adoração de um ano inteiro. Assim como a Lua faz o mar subir, esse dia sagrado aumenta o poder das Minhas manifestações.”

Maha Shivaratri em Conversas com Sri Ramana Maharshi

629. “Hoje é o dia de Shivaratri. Sri Bhagavan está resplandecendo com Graça esta noite.”

218. “Maharshi passou o dia olhando o Shiva Purana. Ele disse: ‘Shiva tem os aspectos transcendentais e imanentes que são representados por Seu ser invisível e transcendental e pelo aspecto lingam, respectivamente. O lingam que se manifestou originalmente como Arunachala existe até hoje. Essa manifestação aconteceu quando a Lua estava na constelação de Órion (Ardra) em dezembro. Porém, ela foi louvada pela primeira vez no dia de Maha Shivaratri, que é considerado sagrado até hoje.

Na esfera da fala, Pranava (o som místico AUM) representa o transcendental (nirguna), e o Panchakshari (Namasivaya ou Sivayanama) representa o aspecto imanente (saguna).’”

450. [Adaptado] “Quero saber como a visão bem-aventurada de Shiva pode se tornar contínua e permanente. Sem Shiva, não existe vida no que vejo ao meu redor. Fico tão feliz ao pensar n’Ele. Por favor, me diga como a visão d’Ele pode se tornar permanente para mim.

Maharshi: Uma visão jamais pode ser eterna. Mas Shiva é eterno.

‘SER’ é Realizar – assim, EU SOU O QUE EU SOU. EU SOU é Shiva. Nada mais pode existir sem Ele. Tudo tem sua existência em Shiva e por causa de Shiva.”

Louvor ao Senhor Shiva no Maha Shivaratri

Nos versos 1765 e 831 do Padamalai, Sri Muruganar diz: “Por meio da Graça, Padam (Sri Ramana Maharshi) assegura que nunca haverá qualquer perigo para aqueles que permanecem em seus Corações, meditando em Sivayanama”, e “O mantra Sivayanama no qual você medita se revelará no seu Coração – que é seu pai e sua mãe”.

Aqueles que foram abençoados com saúde e com a proximidade física de Arunachala, circumambulam a Montanha, e Sri Ramana Maharshi aprovava essa prática como “um louvor direto ao Senhor Supremo da Compaixão”.

Os Sivacharyas (professores) afirmam que o mantra “Panchakshari” requer a iniciação por um Guru vivo e qualificado. Sri Ramana Maharshi concorda totalmente com essa opinião tradicional (Conversa 8 do livro Conversas com Sri Ramana Maharshi). Para aqueles sem iniciação em qualquer mantra, mas que têm fé em Sri Ramana Maharshi, o poema místico Sri Arunachala Aksharamanamalai é um refúgio divino, que derrama Graça e orientação em todos aqueles que fazem a recitação correta. Agora, faremos um estudo cuidadoso do ensinamento d’Ele sobre esse tema.

Cântico Correto do Aksharamanamalai

O Aksharamanamalai é composto por quatro partes:

1. Invocação a Ganapati, o removedor dos obstáculos.

2. O refrão é “Arunachala Siva, Arunachala Siva, Arunachala Siva, Arunachala! Arunachala Siva, Arunachala Siva, Arunachala Siva, Arunachala!” Arunachala pode ser considerado o fio que une as flores (versos) da guirlanda.

3. 108 versos na ordem alfabética da língua tâmil. Os primeiros cem versos estão em uma ordem alfabética ascendente perfeita, indo de A a Z, em tâmil. Os versos de 101 a 108 também seguem uma ordem alfabética ascendente que recomeça, à exceção do verso 103, que usa a primeira letra de “Siva”. Os oito versos finais juntos parecem o nó de um padrão floral secundário encontrado nas guirlandas de flores dos casamentos indianos.

4. Verso de benção que honra o Monte Arunachala, os devotos e essa Guirlanda Marital de Letras.

No cântico tradicional do Aksharamanamalai, após a invocação a Ganapati e o refrão de abertura, cada um dos 108 versos é seguido do refrão. O verso final (no 108) é repetido duas vezes, e o refrão também é repetido duas vezes no final. Por fim, o verso de benção é cantado. O verso 108 – que se refere à troca das guirlandas de flores – é repetido duas vezes, talvez simbolizando a noiva que oferece a guirlanda marital de flores ao noivo, e este último retribuindo o gesto.

Frequência da palavra “Arunachala” no Aksharamanamalai

Agora, contaremos quantas vezes o nome sagrado “Arunachala” aparece quando o Aksharamanamalai é cantado de maneira completa e correta.

O refrão contém o nome Arunachala oito vezes. Como o verso final é repetido duas vezes, a palavra aparece 110 vezes nos 109 versos, então o nome Arunachala é dito 880 vezes. Na recitação tradicional do poema, como se encontra na versão escrita por Sri Bhagavan nos Arquivos do Ashram, o refrão é cantado duas vezes. Assim, o total é 888.

A palavra Arunachala aparece uma vez em cada verso, exceto no primeiro e no último verso, nos quais ela aparece duas vezes em cada um. Assim, temos 108 + 2 + 2 vezes (da segunda repetição do verso 108), e temos um total de exatamente 1000 vezes. Não foi fácil chegar a essa contagem precisa até que a cópia arquivada do próprio texto de Sri Bhagavan revelasse um refrão repetido duas vezes no final. Mais evidências do refrão duplo foram obtidas escutando a recitação de Kunju Swamigal, gravada na frente de Sri Bhagavan. Como Sri Ramana Maharshi não compôs o Aksharamanamalai tendo uma ideia específica em mente, é quase certo que o próprio Senhor Arunachala compôs esse glorioso poema que é tanto um ashtotra (108) quanto um sahasranama (1000) ao mesmo tempo. Observe que não incluímos a menção a Arunachala no verso de invocação nem no verso de benção. Também não contamos palavras como “Ramana”, “Eu”, “Giri”, “Guru”, “Malai Marundu”, entre outras, que são conhecidas por serem idênticas a Arunachala.

A recitação correta do Aksharamanamalai proporciona ao devoto sincero um meio de unir sua alma com o sempre resplandecente Monte Arunachala. O grande poeta-santo, Sri Murugunar, proclama na invocação do poema, “Aqueles que olharem para ela [essa guirlanda marital de letras] como seu único refúgio, perceberão que eles próprios são Arunachala e reinarão no mundo de Shiva.” Esse método está aberto para todos. Nenhuma iniciação é necessária para essa adoração para aqueles que têm amor e fé.

Cálculo de Aksharamanamalai

Sentado numa laje de pedra perto do Vayu Lingam, em frente ao majestoso Monte Arunachala, Sri Ramana Maharshi revelou a um devoto: “Foi aqui que as lágrimas brotaram dos meus olhos em torrentes incontroláveis enquanto eu compus o verso cinquenta e cinco”. Devaraja Mudaliar lembrou que Sri Ramana teve uma reação semelhante ao ler o Arunachala Purana, um tratado tâmil sobre a glória de Arunachala, baseado em vários textos sagrados.

O Arunachala Purana diz: “Esta Montanha terá o poder de curar a aflição do nascimento e da morte. Assim, um de seus nomes será Montanha Medicinal (Malai Marundu). Como ela é vermelha, outro nome será Montanha Vermelha (Arunagiri). Para aqueles que recitam o nome de Arunachala apenas uma vez, será como se eles tivessem pronunciado as Cinco Sílabas Sagradas (Sivayanama) trinta milhões de vezes. Ao escutar a declaração do Senhor, cuja garganta é azul de veneno, Brahma e Vishnu se encheram de alegria.”

Vamos prosseguir com o cálculo do canto do Aksharamanamalai da maneira correta e tradicional. A estimativa conservadora é que cantar o Aksharamanamalai da maneira certa uma vez é equivalente a cantar o Sivayanama trinta bilhões de vezes!

Em outras palavras, dizer uma vez o nome sagrado “Arunachala” é equivalente a realizar seis mil Purascharana (cem mil vezes por letra do mantra) de Panchakshari. Fazer um único Purascharana demora aproximadamente vinte e dois dias, com seis horas de canto por dia. Então, com a Graça de Bhagavan, o benefício do canto do “Sivayanama” por seis horas diárias por 320 anos pode ser alcançado com uma única recitação (sahasranama prayoga) do Aksharamanamalai.

A Face Devocional do Jnana
Por Nadhia Sutara

Nadhia é uma devota russa que morou no complexo do templo Guhai Namsivaya (ocupada antigamente por Keerai Patti) no Monte Arunachala por quase dez anos. Ela fez parte do conselho editorial da revista Mountain Path, de 1989 a 1995. Após passar muitos anos no Sri Ramanasramam, ela voltou para o Canadá. Recentemente, ela visitou o Ashram. Ela é uma buscadora espiritual sincera que está profundamente ligada ao Monte Arunachala, e temos o prazer de compartilhar os pensamentos dela a respeito do Aksharamanamalai de Ramana Maharshi.

“Sri Ramana Maharshi sempre afirmou que bhakti (devoção) é jnana mata, ou seja, o jnana nasce de bhakti, assim como um filho nasce de sua mãe. Em Sua maior obra devocional, Aksharamanamalai, Sri Maharshi ilustra como essa forma mais elevada de bhakti se apresenta, a variedade de estados que ela reflete e como ela leva infalivelmente à Autorrealização.

Desde que Swami Vivekananda levou os ensinamentos do Advaita Vedanta para o Ocidente e, posteriormente, Sri Ramana Maharshi encarnou para incorporar esses ideais de maneira tão completa, surgiram muitos mal-entendidos sobre a natureza do advaita e do bhakti. ‘Não dualismo,’ dizem alguns, ‘significa que somente Brahman é real, e todo o resto é irreal. Portanto, você é irreal, eu sou irreal, e Deus é irreal. Portanto, é insensato uma pessoa irreal proferir orações irreais para um Deus irreal. Ela não chegará a lugar algum.’

Essas pessoas se enganam em relação a muitos aspectos. Primeiro, advaita – não dualidade – significa NÃO DOIS; não significa um. É um tema sobre o qual devemos refletir profundamente: o Supremo não é dois e não é um – ele é NÃO DOIS.

Há outro conceito equivocado sobre os ensinamentos de Bhagavan relacionado à predeterminação, a noção de que o que deve acontecer acontecerá, por mais que você tente impedir, e o que não deve acontecer não acontecerá, por mais que você tente fazer com que aconteça. Nas próprias palavras de Bhagavan, ‘O melhor caminho, então, é ficar em silêncio.’ Sem digerir corretamente esse ensinamento, algumas pessoas concluíram que não é necessário realizar nenhum esforço para obter a Realização. Ela vai surgir quando surgir, e somente isso. A prece, dizem eles, não ajuda o aspirante porque o resultado está sempre predeterminado. Por uma conclusão lógica, não apenas a prece seria inútil, mas também a autoinvestigação e qualquer outro sadhana.

Esse tipo de indigestão espiritual não apenas atrapalha o aspirante; é algo que pode deixá-lo emperrado até ele enxergar a superficialidade de sua compreensão conceitual. Sri Bhagavan sempre afirmou que muitos esforços são necessários para se chegar ao não esforço. Como Ele disse para Kunjuswami, as três fases do sadhana – sravana (escutar o Ensinamento), manana (refletir continuamente sobre ele até que seja totalmente assimilado) e nididhyasana (permanecer naquilo que foi assimilado) – devem ser mantidas até a plena Realização.

Além disso, a mesma Fonte que leva o aspirante a realizar a autoinvestigação pode levar o aspirante a orar. ‘O seu próprio desejo por Graça é devido à Graça que já está em você,’ costumava dizer Sri Bhagavan. Afinal, a Fonte é Uma, e todas as preces terminam sendo direcionadas para Ela. O jivatman (alma individual) é um reflexo do Paramatman (o Eu Supremo), inseparável dele enquanto o jiva durar: o ‘eu’ investiga a Fonte de si mesmo, assim como o bhakta reza para a Fonte de bhakti. Caso contrário, por que Sri Bhagavan rezaria pela cura da doença de Sua mãe? E por que ele escreveria o Aksharamanamalai?

Sri Bhagavan costumava comentar que tinha medo de dois devotos, Ramanatha Brahmachari e Mudaliar Pati. Ele disse que os dois o amavam tanto que ele não conseguia dizer não a nada do que pediam, afirmando o princípio de que a devoção é a corda que prende Deus. Se essa afirmação veio de Sri Bhagavan, uma encarnação do Supremo Uno, como podemos dizer que a oração e a devoção são inúteis, tolas ou fúteis?

No Aksharamanamalai, Sri Bhagavan deixa perfeitamente claro que o bhakta que reza é equivalente ao indivíduo supostamente irreal que realiza a autoinvestigação. Sri Bhagavan disse que, assim como o investigador é como o bastão que remexe a pira funerária e que termina sendo queimado nessa mesma pira, o bhakta que ora termina sendo absorvido pelo Ishtha, aquela ‘forma’ do Supremo que é inseparável dele. Em sânscrito, isso se chama de ananya bhakti, a forma mais elevada de bhakti, em que o indivíduo se perde completamente em seu Divino Estado de Ser Supremo.

Essa questão também tem outro aspecto. Sri Bhagavan e todos os grandes Jnanis afirmaram que a não dualidade é uma permanência interior, uma moradia constante na percepção da natureza essencial e única de toda a manifestação. Porém, enquanto alguém estiver no corpo, sempre será necessário preservar a bheda bhava (reconhecimento da diferença na forma). A essência de uma árvore é idêntica à essência de um ser humano, mas as necessidades das formas são diferentes, então as formas precisam ser tratadas de maneira diferente. A não diferença na essência – e não a não diferença na forma – é o que se quer dizer com não dualidade, com ser ‘não dois’. Um Jnani genuíno – como Sri Bhagavan – jamais tratará alguma forma de vida como se ela fosse irreal. Veja como ele tratava a vaca Lakshmi, o cervo, o corvo, entre outros. Sri Bhagavan era solícito com TODAS as formas, sempre com reverência e profundo carinho. Há registros de um incidente em que Ele se deparou com alguém que estava batendo numa mangueira para conseguir a fruta. Ele ordenou que a pessoa parasse de bater na árvore e a repreendeu, dizendo: ‘Pode levar o fruto, claro – esse é o desejo da árvore. Mas por que precisa bater nela? Não acha que ela sente dor tanto quanto você sentiria se alguém batesse em você?’

Agora, vamos analisar alguns dos slokas de Aksharamanamalai para ver a maneira profunda e comovente como Sri Bhagavan expressou que o bhakti focado em Arunachala leva à Libertação.

1. (a) Tu erradicas o ego daqueles que meditam em Ti no Coração, ó, Arunachala!

28. (a) Deixe-me, Tua presa, render-se a Ti e ser consumido, e assim ter paz, ó Arunachala!

(b) Eu vim me alimentar de Ti, mas Tu te alimentaste de mim; agora há paz, ó, Arunachala!

44. ‘Olhe para dentro, sempre busque o Eu com o olho interior, e assim (Ele) será encontrado,’ foi assim que Tu me orientaste, amada Arunachala!

48. Quando me abriguei em Ti como meu Único Deus, Tu me destruíste completamente, ó, Arunachala!

66. Com a loucura por Ti, Tu me libertaste da loucura (pelo mundo); concede-me agora a cura de todas as loucuras, ó, Arunachala!

101. Como a neve na água, deixe-me derreter como amor em Ti, que és o próprio amor, ó, Arunachala!

Assim, a mariposa – o devoto focado – é absorvida, aniquilada e liberta na chama – o Eu – Arunachala.”

Sri Vidya Havan

Om Namo Bhagavate Sri Ramanaya
Sri Vidya Havan

O Sri Vidya Havan será realizado na sexta-feira, 21 de março de 2014, no Sri Ramanasramam. Esta é uma elaborada adoração à Mãe Divina – como ordenada nas escrituras sagradas. Os sacerdotes fazem oblações ao fogo, concluindo com o Purna Ahuti – que simboliza a oferenda total de si mesmo.

A Mãe Divina

Os textos sagrados hindus dizem que o brilho Divino do Senhor Shiva Supremo se manifestou numa Forma cósmica feminina para confrontar e destruir demônios muito poderosos que disseminavam a perversidade no universo. Os Sábios sentiram uma gratidão imensa pela intervenção compassiva da Mãe Divina. Eles compuseram liturgias em Sua glória e determinaram procedimentos a serem seguidos para louvá-La corretamente.

Sri Ramana Maharshi e a Mãe Divina

Sri Ramana Maharshi compôs um verso em tâmil que transmite a advertência dada pela Mãe Divina às pessoas más. Em The Collected Works of Sri Ramana Maharshi, sob o título Sri Arunachala Mahatmya (The Glory of Arunachala), Maharshi cita a advertência que a Mãe Divina deu às pessoas más:

Devi disse:

“Aqui será sempre a moradia dos devotos piedosos. Aqueles que fazem mal aos outros aqui, depois de sofrerem, serão destruídos. As pessoas más ficarão totalmente desprovidas de seus poderes de fazer o mal num piscar de olhos. Não caia no fogo ardente da ira do Senhor Arunachala, que assumiu a forma de uma Montanha de Fogo.”

O interesse de Sri Ramana Maharshi no Meru Prasthara Chakra

Encontramos o trecho seguinte num livro escrito por Sadhu Arunachala (Major Chadwick):

“Bhagavan estava profundamente interessado no Templo que estava sendo construído sobre o túmulo de sua mãe. Ele participou de todas as etapas relacionadas a isso, colocando suas mãos nos vários objetos que seriam colocados nas paredes para abençoá-los. À noite, quando não havia ninguém por perto, ele andava em círculos e ao redor da construção, consagrando-a. No que quer que seja, uma participação assim dele, tão demonstrativa, tem um significado muito profundo. Foi algo extremamente raro e duvidado por muitas pessoas, mas eu mesmo testemunhei essas coisas e posso atestar a veracidade delas.

Ele se interessou particularmente pelo corte do Sri Chakra Meru em granito que foi instalado no Templo e que é adorado regularmente. Ele é um quadrado de quarenta e cinco centímetros e que fica a uma altura proporcionalmente elevada. Na época do Kumbhabhishekam, na penúltima noite antes que a água sagrada fosse derramada por cima das imagens, ele supervisionou pessoalmente a instalação no interior do santuário. Foi uma noite extremamente quente, e com três carvões de retorta para derreter o cimento, o calor ficou mais intenso e provavelmente beirou o intolerável, pois não havia muito ar no interior, mas durante uma hora e meia Bhagavan ficou sentado lá dentro, dizendo aos trabalhadores o que fazer.

Na última noite do evento, ele percorreu o local em procissão e, abrindo as portas do Novo Salão e do Templo, ele foi direto ao Santuário Interno, onde ficou parado por cinco minutos com as duas mãos no Sri Chakra para abençoá-lo. Por acaso, eu passei aquela noite junto dele; isso era incomum, pois eu evitava participar das aglomerações ativamente, preferia ficar observando a distância. Estranhamente, algo me fez ficar perto dele naquela ocasião, e por causa disso eu consegui entender seu profundo interesse pelo Templo, e especialmente pelo Sri Chakra. Foi por causa desse entendimento que, depois do falecimento de Bhagavan, eu fui essencial para convencer as autoridades do Ashram a instituir os Pujas ao Sri Chakra seis vezes por mês. A explicação para essa ação incomum de Bhagavan pode ser a necessidade de Shiva sempre estar acompanhado de Shakti. Caso contrário, o mundo pararia. Na única ocasião em que esse Puja foi realizado durante a vida de Bhagavan – logo após a dedicação do Templo (à mãe de Bhagavan) – ele se recusou a jantar e insistiu em testemunhar tudo até o fim. Quando alguém comentava o quanto aquilo tinha sido magnífico, e dizia que aqueles pujas deveriam ser realizados regularmente, ‘Sim,’ respondia Bhagavan, ‘mas quem se dará ao trabalho?’ É algo que está sendo feito agora, e certamente com as bênçãos de Bhagavan.

Acho que nenhuma das pessoas que escreveu sobre Bhagavan e o Ashram comentou sobre o fato extraordinário de nós termos um Templo consagrado por um Jnani; devem ser pouquíssimos, e isso deve ter algum significado mais profundo. Muitos devotos que vêm até o Ashram têm tempo apenas para o Samadhi, onde Bhagavan foi enterrado. Não alego que eu entendi por que ele fez isso, ou quais serão as consequências, mas é certo que, após ter sido consagrado assim, aquele local sempre será muito sagrado, e seu poder espiritual deve irradiar por toda a Índia.”

Sri Ramana Maharshi inspira hinos sagrados em louvor à Mãe Divina

Sri T. K. Sundaresa Iyer – um devoto de longa data e próximo de Sri Ramana Maharshi – escreve em At the Feet of Bhagavan.

“Os devotos de Sri Bhagavan conhecem apenas seu famoso Upadesa Saram e alguns versos ocasionais como Suas contribuições para a ‘Língua dos Deuses’ (o sânscrito). Então, é necessário deixar registrada Sua contribuição para o famoso Uma Sahasram – mil versos dedicados a Uma Devi, a Mãe Divina – composto por Seu grande discípulo, o erudito Sri Kavyakanta Ganapati Muni. Essa história mostra como Maharshi é o coautor dessa composição.

Na época, Sri Bhagavan morava no Templo Pachaiamman, a morada de Maragathambal (Parvati, a consorte de Shiva), nas encostas do nordeste de Sri Arunachala. Naquele período, Maharshi se sentava e dormia numa rede pendurada entre dois pilares de pedra e era balançado como uma criança por Seus amorosos pupilos.

Sri Kavyakanta tinha composto 700 estrofes dedicadas a Uma em cerca de trinta métricas diferentes, e anunciara para seus devotos em várias partes do país que seu poema seria consagrado em uma sexta-feira, no Santuário de Sri Uma, no grande Templo de Sri Arunachaleswara. Mais de cem pessoas se reuniram no Templo Pachaiamman para presenciar a recitação. Ora, esses versos em sânscrito não eram uma mera manifestação intelectual de Sri Kavyakanta, por mais que ele fosse excelente ao compor em sânscrito. A prova de sua grande capacidade intelectual pode ser o fato de que, na presença dos líderes das Udipi Maths (Monastérios de Udipi), ele compôs de improviso, em uma única hora, os cem versos do Ghantaa Sataka, incluindo o que havia de melhor nos ensinamentos das três principais escolas da filosofia hindu.

O Uma Sahasram é diferente de outras composições por ser “pasyanti vak”, isto é, o texto foi revelado pela Mãe Divina em Suas próprias palavras para um adepto do Kundalini Yoga (Sri Kavyakanta).

Na véspera do dia da consagração, após o jantar, por volta das 20h, Sri Maharshi pediu a Sri Kavyakanta para adiar a consagração para outra sexta-feira, pois 300 versos ainda precisavam ser compostos para completar os mil. Mas Sri Kavyakanta garantiu para Bhagavan que completaria o poema imediatamente.

Para quem não testemunhou, é quase impossível acreditar na cena que aconteceu depois. Sri Maharshi sentou-se em silêncio, meditando profundamente como o silencioso Senhor Dakshinamurthy. Os discípulos ansiosos observavam com tensão, admirando o fluxo suave da música divina em versos em sânscrito que saía dos lábios da grande personalidade magnética de Sri Kavyakanta. Ele ficou parado, apresentando os versos ininterruptamente, enquanto os discípulos anotavam as palavras ansiosamente. Ah, que êxtase foi aquilo tudo! A vida só é realmente abençoada se a pessoa vivencia esses momentos divinos.

O Uma Sahasram foi finalizado em várias métricas: Madalekha, Pramanika, Upajati Aryagiti, entre outras. Por um tempo, os discípulos presentes desfrutaram do êxtase profundo do silêncio que permeava a atmosfera enquanto Sri Kavyakanta concluía com o tipo comum de colofão. Depois, Sri Bhagavan abriu os olhos e perguntou, “Nayana, tudo que eu disse foi anotado?” Sri Ganapati Muni respondeu com prontidão e gratidão, “Bhagavan, tudo que Bhagavan inspirou em mim foi anotado!”

Assim, fica claro que Sri Bhagavan inspirou os 300 versos finais de Uma Sahasram pelos lábios de Sri Kavyakanta, sem dizer uma única palavra – como elas são entendidas normalmente – ou melhor, no silêncio característico do Sábio Silencioso de Arunachala. Vale a pena observar que Sri Kavyakanta revisou seis vezes os primeiros 700 versos dessa obra monumental, mas não revisou nenhum dos últimos 300. Como tinham sido pronunciados pelo próprio Bhagavan, não era necessário “polir” os versos. Esses 300 versos devem ser considerados a contribuição única de Sri Bhagavan para a poesia sânscrita.

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64th Adradhana Photo Gallery
Galeria de Fotos do 64º Aradhana

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Celebração do Deepavali – 2013

O Ashram deseja a você e seus entes queridos um Diwali (ou Deepavali) repleto de felicidade!

Os dois versos abaixo explicam o significado do Deepavali (o festival das luzes):

O demônio Naraka (o ego) que comanda o inferno, (tem)
A noção “eu sou este corpo”,
E pergunta “onde está este demônio?”
Com o disco de jnana, Narayana
Destrói o demônio. E esse dia
É o Naraka Chaturdashi.
Brilhando como o Eu em glória
Após matar Naraka,
O pecador vil que tanto sofreu
Por ter considerado o Eu como o deplorável
Lar das dores, o corpo de carne –
Este é o festival da luz,
Deepavali.

(Traduzido para o inglês pelo Prof. K. Swaminathan)

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A Carruagem de Vivekananda

A comemoração de 150 anos do nascimento de Swami Vivekananda (12 de janeiro de 2013) foi celebrada em toda a Índia e em diferentes países do mundo. Eventos e programações ao longo do ano inteiro foram organizados por diferentes ramos da Ramakrishna Math, da Missão Ramakrishna, pelo governo central e por diferentes governos estaduais da Índia, além de instituições de ensino, grupos de jovens, entre outros.

A Missão Ramakrishna em Tiruvannamalai organizou procissões de Swami Vivekananda em duas carruagens que carregavam uma estátua parecida com o verdadeiro Swami Vivekananda. O Sri Ramanasramam ficou muito contente em receber a carruagem em 26 de novembro, ao meio-dia. Nós oferecemos adoração, aarti e cantamos bhajans em louvor a Swami Vivekananda. Que os nobres pensamentos de Swami Vivekananda reverberem em todos os cantos do mundo e no âmago do nosso Coração!